No âmbito da geografia econômica, a relação entre criação de conhecimento, aprendizado, inovação e território tem sido largamente estudada nas últimas décadas, retomando a tradição iniciada por Marshall (1920) no estudo dos distritos industriais e desdobrando-se mais recentemente nos conceitos de learning regions (ASHEIM, 1996; BOEKEMA et al., 2000; MORGAN, 1997), de Sistemas Regionais de Inovação (ASHEIM; GERTLER, 2005; COOKE et al., 2007), entre outros. […] havia uma carência de estudos com intuito de operacionalizar e formalizar este conceito, possibilitando comparações inter-regionais, e a identificação da especialização de conhecimento de firmas, indústrias e recortes territoriais, tais como regiões. Para tentar suprir esta lacuna, Martin (2012) propõe um método de análise para investigar a especialização de uma economia regional por meio de medidas quantitativas, buscando identificar se economias regionais possuem força em uma ou mais Bases de
Conhecimento. Entretanto, o autor utiliza dados ocupacionais fornecidos pela base de dados oficial da Suécia no esforço de operacionalizar a metodologia e aplicá-la às regiões do país.
Neste contexto, o presente artigo busca avançar nos esforços realizados por Marcellino (2014) e Santos (2016) de adaptar esta metodologia para o contexto brasileiro, aplicando-a aos dados de emprego formal de regiões selecionadas no Rio de Janeiro. O objetivo principal é mensurar as Bases de Conhecimento de regiões selecionadas do Sistema de Inovação fluminense e, posteriormente, avaliar criticamente os resultados a partir das características da estrutura produtiva e de conhecimento de cada território a fim de verificar a pertinência desta metodologia ao caso fluminense.
Acesse o trabalho completo de Guilherme de Oliveira Santos e Israel Sanches Marcellino: